Dia Internacional da Mulher Indígena | Raízes Indígenas da Favela

Sobre o Evento
Inscrições de 29 de agosto a 5 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
Em memória, luta e resistência, no Dia Internacional da Mulher Indígena, o Estéticas das Periferias, em parceria com a RUA Consultoria, apresenta o documentário “Raízes Indígenas da Favela”, dirigido por Naia Vitória, em momento que demarca a narrativa das mulheres indígenas sobre suas próprias histórias. Através de suas vozes, tecemos o futuro, fortalecemos a resistência e ampliamos as possibilidades de vida. Após a exibição, haverá um debate com a presença de Maria Pankararé.
Sinopse: A partir de um olhar ancestral, vivência e pesquisa, o documentário “Raízes Indígenas da Favela” é um registro sobre uma parte da história de luta de tantos indígenas do Nordeste em diáspora, que construíram suas moradas nas margens da grande metrópole que é São Paulo, conhecidas popularmente como FAVELAS, onde muitos povos resistem para manter suas culturas. Apesar de enfrentarem uma dispersão étnica forçada, esses grupos encontraram resiliência e força e contribuíram significativamente para a construção e desenvolvimento da capital do estado mais rico do Brasil. A narrativa é enriquecida com depoimentos de líderes e ativistas indígenas, como Casé Angatu, Day Moreira, Letycia Rendy Yobá, Maria Pankararé e Vanusa Kaimbé, que compartilham suas histórias e desafios, oferecendo uma perspectiva única sobre a luta pela visibilidade e direitos indígenas.
Brasil, 2024, 28’
Gênero: documentário
Pesquisa e Direção: Naia Vitória
Arte: Awá Arã Mura
Captação de Áudio: Drico
Gravação e Edição: Maxuel Melo
Produção: Naia Vitória e Ayra Kopém
Cor: colorido
Naia Vitória é Kariri da Paraíba. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é, também, produtora executiva, Gerente de Comunicação da Plataforma de Direitos Humanos Dhesca Brasil e fundadora da Consultoria Sócio Cultural RUA. Nascida em uma família que migrou para São Paulo fugindo da seca e do trabalho semiescravo nas fazendas de algodão na Paraíba, sua história está ligada à ocupação de uma terra na Serra da Cantareira, hoje conhecida como Favela dos Sem Terra do Pery Alto. Tendo crescido entre a aldeia e a favela, seu trabalho se dedica a narrar as histórias que foram silenciadas pela violência colonial.
Maria Pankararé, liderança e artesã, é de Nova Glória, Paulo Afonso, no estado da Bahia. Está em diáspora em São Paulo, em busca de condições melhores, vinda de uma trajetória marcada pela violência da catequização de igrejas em sua aldeia. Há seis anos, estabeleceu-se em Guarulhos e tem se dedicado incansavelmente à luta na Reserva Indígena Multiétnica Filhos Desta Terra. Sua jornada em São Paulo reflete seu compromisso contínuo de luta pelos Pankararés, promovendo e defendendo a cultura e o território de sua comunidade.
Dia Internacional da Mulher Indígena
Instituído em 1983, durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tiauanaco (Bolívia), teve sua data escolhida em memória à Bartolina Sisa, mulher Aimará que foi executada em 5 de setembro de 1782 durante a rebelião indígena anticolonial de Túpac Katari. Bartolina se destacou pela valentia frente às tropas espanholas que tentavam invadir o território dos povos originários do Alto Peru, hoje região de La Paz.
No Brasil, a despeito de estarem muitas vezes esquecidas nos debates sobre gênero e serem grandes vítimas de violação de direitos, mulheres indígenas são cada vez mais atuantes na defesa do direito à terra, proteção do meio ambiente, educação, saúde e cidadania. São firmes no desejo de manter a cultura, tradições e espiritualidade das suas etnias e ocupam os mais diversos espaços da sociedade.
Estéticas das Periferias
Idealizado pela Ação Educativa, o Estéticas das Periferias mobiliza inúmeros espaços culturais em todas as áreas da capital paulistana – de Sul a Norte. O experimentalismo artístico permeia toda a programação, que é construída colaborativamente por 50 coletivos culturais, a partir de seis eixos curatoriais: produção cultural de mulheres, direitos humanos, culturas negras, direito à cidade, meio ambiente, futebol e cultura.
RUA Consultoria
Consultoria sociocultural que conecta empresas, artistas e escritores, para realização de eventos que tenham impacto social.
Ação Educativa
Fundada em 1994, é uma associação civil sem fins lucrativos que atua nos campos da educação, cultura e juventude, na perspectiva dos direitos humanos. Dedica-se à formação de educadores, de jovens e agentes culturais; à produção de materiais didáticos e metodologias participativas; à difusão cultural; à pesquisa, informação e mobilização social. Atua em redes de ensino e escolas, órgãos públicos e organizações da sociedade civil, coletivos e comunidades, bem como em articulações no Brasil e no mundo.
Data: 05/09/2024
Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca)
Horário: das 18h às 20h
Vagas: 30 pessoas
Entrada: gratuita, mediante inscrição antecipada
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 29 de agosto a 5 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
- a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
- é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.