de 25 à 28 de março
terça a quinta das 17:00 às 21:30
Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo - SP, 01449-000, Brasil
Entrada Gratuita
A 1ª Mostra de Cinema Sefaradi propõe a destacar as vivências árabe-judaica, tradições e contribuições por meio de filmes, documentários e debates. Além disso, busca criar um espaço de diálogo e integração entre diferentes culturas, reforçando a importância da diversidade.
O objetivo é promover o conhecimento e a valorização da cultura sefaradi através do cinema, contribuindo para o fortalecimento do diálogo intercultural em São Paulo.
Essa é uma iniciativa do Espaço Kadinah.
25/03
17h | The Girl From Salonika
(Dir. Alison Jayne Wilson, Espanha, 2024, 37 min., 16 anos)
O documentário conta a história de Mazaltov “Fofo” Behar, uma mulher grega que aos 17 anos foi deportada para Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial. Revisitando seus primeiros anos ne Grécia e o clima político e social antes da invasão alemã, que deportou 90% dos judeus gregos, “The girl from Salonika” apresenta filmagens nunca vistas do Bloco 10, do qual Fofo foi uma das poucas sobreviventes. O documentário busca discutir sobre a ética na medicina e aborda temas como os experimentos médicos em campos de concentração e holocausto.
Debate após a sessão:
Sarita Mucinic Sarue é formada em Pedagogia pela Universidade Mackenzie e mestre em Estudos Judaicos pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou o curso de especialização em Shoá (termo em iídiche para definir o Holocausto) na Escola Internacional de Estudos do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. Autora de Vozes de paz em tempos de guerra – Janusz Korczak diante da criança, do sionismo, do nazismo e holocausto (Fapesp/Humanitas, 2015), publicou diversos artigos de educação judaica. Coordenadora educacional do Memorial do Holocausto, é membro da diretoria da Associação Janusz Korczak Brasil, além de voluntária do Grupo Chaverim.
Michel Gordon é formado em Física pela USP, com mestrado em Oceanografia pela USP e mestrado em Islamismo e Oriente Médio pela Universidade Hebraica de Jerusalem. Trabalha como Chief Risk Officer no Banco Safra. Publicou o livro "Um Judeu no Islã" sobre sinagogas no mundo islâmico e "My Tehran, Your Tehran" pelo Iranian Artist Forum em Teerã.
20h | The dove Flyer
(Dir. Nissim Dayan, Israel, 2013, 107 min., 16 anos)
Baseado no livro de mesmo nome, “The dove flyer”, o filme conta a história da comunidade judaica do Iraque, a mais antiga do mundo. Kabi, um jovem de 16 anos, vive em Bagdá nos anos 50, e se transforma em um dos principais ativista pelos judeus iraquianos, tornando possível a migração para Israel.
26/03
17h | Bukra fil Mish Mish
(Dir. Tal Michael, Israel / França, 2019,73min., 16 anos)
O documentário narra a história da descoberta da animação “Mish Mish Effendi”. O início da restauração dessa joia do pioneirismo da animação árabe-judaica desvenda uma história rica de uma cultura abundante, esquecida através do tempo, e resgata as memórias e dores de um povo.
20h | Egypt, a love song
(Dir. Iris Zaki, Israel, 2022, 74min., 16 anos)
Iris Zaki, junto com seu pai, documenta a descoberta da vida de sua avó, uma legendária cantora árabe-judaica que viveu a fama no Egito. Essa história cruza as nações, as culturas e as religiões de uma forma única, com arquivos raros e cenas da época roteirizadas, dando vida a sua história e de seu pai.
Debate após a sessão
Nessim Hamaoui é editor e diretor da Editora e Espaço Kadimah com foco em Conteúdo Judaico. Toda sua vida comunitária foi centrada na Congregação Israelita Paulista. Já foi membro de Conselhos de diversas instituições como a Hebraica São Paulo, o Colégio Bialik, a Federação Israelita do Estado de São Paulo e a Unibes. Também foi diretor da Conib – Confederação Israelita do Brasil para a Campanha Mundial de Justiça para os judeus refugiados dos Países árabes, onde foi Diretor secretário (2005-2009). Nessim é também autor de “Charles e Louly”- 2007 sobre a sua família no Egito, Madrich - 2012 que relata sua jornada pelo ativismo comunitário, organizador da Coletânea em Memória das Vítimas do Holocausto - 2019 (cinco volumes) e “Uma história de Israel e seu direito de existir” - 2022. Natural do Egito, veio com a família em junho de 1959 para o Brasil.
Alberto Moghrabi é italiano nascido em Alexandria, filho de Leon e Denise e irmão de Fernanda, é casado com Viviane e tem dois filhos, Marina e Alexandre. É economista, atuou no mercado financeiro e no terceiro setor. As aventuras de Mané – um egípcio descobre o Brasil - é o seu quarto livro tendo publicado em 2001 “pequenos contos de enredo indeterminado”, em 2003 “umas histórias” e em 2007 “tempo passa tempo”. Desde 2010 faz postagens diárias no Facebook, onde criou Mané, um personagem de (auto) ficção, através do qual comenta, e dá novas interpretações, a fatos da sua vida presente e passada.
27/03
17h | A estrela oculta do sertão
(Dir. Luize Valente e Elaine Eiger, Brasil, 2015, 85min., 16 anos)
O documentário “A Estrela Oculta do Sertão” coloca frente a frente dois lados de uma mesma moeda. Ao confrontar o judaísmo oficial com o judaísmo dos retornados, são trazidas à tona questões como tolerância, identidade, preconceito e fé.
A primeira metade do documentário se passa no Nordeste, apresentando os personagens e mostrando o que existe na cultura brasileira que pode ser apontando como de origem judaica. Já a segunda acompanha a ida do médico Luciano Oliveira, de 26 anos, a São Paulo, o encontro com a comunidade oficial e o confronto com os rabinos ortodoxos.
Debate com as diretoras após a sessão:
Luize Valente nasceu no Rio de Janeiro, de ascendência portuguesa e alemã. Apaixonada, desde sempre, por História, com especial fascínio por temas ligados à história judaica e aos refugiados em tempos de guerra, formou-se em Jornalismo, com pós-graduação em Literatura Brasileira pela PUC/RJ. Luize traçava, assim, o caminho da sua principal vocação: o gênero literário do romance histórico. Possui vários livros publicados, sendo o mais conhecido: Sonata em Auschwitz.
No campo da não-ficção, escreveu, em parceria com a fotógrafa Elaine Eiger, o livro Israel: Rotas e Raízes (1999). Realizou também, com a mesma parceria, os documentários Caminhos da Memória: A Trajetória dos Judeus em Portugal (2002) e A Estrela Oculta do Sertão (2005), ambos exibidos em vários festivais no Brasil e no exterior - como a Mostra no Lincoln Center, em Nova York, e nos Festivais de San Diego, Jerusalém, entre outros - e na televisão (Canal Brasil), constituindo importantes inventários do Judaísmo no mundo. Com o primeiro ganhou o Prêmio de Melhor Direção de Documentário no New York Independent Film Festival 2003 e com o segundo o Prêmio de Melhor Documentário no Festival de Cinema Judaico de São Paulo 2005.
Como jornalista, Luize atuou por mais de duas décadas na televisão cobrindo assuntos internacionais, na GloboNews, na TV Globo, na Bandeirantes e no GNT.
Elaine Eiger nasceu e vive em São Paulo. Trabalha com fotografia há mais de 25 anos. Realizou exposições em diversos espaços como Casa das Rosas, Sesc Pompéia, Galeria Imã e Centro de Cultura Judaica.
Há algum tempo elegeu o tema de arquitetura e cidades como foco de seu trabalho. Desde então, viaja mundo afora capturando imagens de cidades globais.
Em seus trabalhos a arquitetura aparece como uma forte metáfora que tenta traduzir as principais inquietações da contemporaneidade.
Sessão das 20h | DOC.MIS | Forgotten Refugees
(Dir. Michael Grynszpan, Israel, 2025, 49min., 16 anos)
Documentário ganhador dos prêmios “Melhor documentário em destaque” no Festival de Cinema Judaico de Varsóvia e do prêmio “Melhor documentário” no Festival de Cinema de Marbella, conta a história a diáspora judaica das regiões do Oriente Médio dos anos 40.
De Casablanca a Bagdá, os judeus abandonaram suas terras ancestrais, muitas vezes deixando para trás suas casas, comunidades e meios de subsistência, tornando-se repentinamente refugiados. Por décadas, muitos judeus que fugiram de suas terras natais nunca compartilharam suas experiências de serem forçados ao exílio, mas em “The Forgotten Refugees” pela primeira vez, histórias de vários refugiados judeus, incluindo os cofundadores da JIMENA Joseph Abdel Wahid do Egito e Gina Waldman da Líbia são contadas.
Debate após a sessão
Desirée Nacson Suslick é jornalista formada pela Escola de Comunicações e Artes - USP e responsável da revista da comunidade judaica Morashá.
Eduardo Cohen é um ativista da comunidade e um dos líderes do grupo Juif d’ Egypte.
MIS - Museu da Imagem e do Som
de 25 à 28 de março
terça a quinta das 17:00 às 21:30
Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo - SP, 01449-000, Brasil
Entrada Gratuita
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