Lançamento do catálogo da exposição Ainda não é o fim do mundo + Performa Paço

Com 18 artistas convidados a pensar a situação limite das condições climáticas mundiais, a exposição Ainda não é o fim do mundo está em cartaz no Paço das Artes até 11 de maio. No dia 02 de maio, acontece uma programação especial, que inclui o lançamento do catálogo da exposição (distribuição gratuita), com projeto gráfico da Casa Rex, e a primeira edição do ano do Performa Paço Alinhada à temática da exposição, a curadoria convida artistas para apresentar ao público suas pesquisas que envolvem misticismo, ecologia e pertencimento feminino. 

15h | Lançamento do catálogo 

O catálogo, que traz textos do curador, Renato De Cara, e de Hugo Fortes, além de imagens de todas as obras e registros fotográficos da exposição, tem projeto gráfico da Casa Rex e pode ser retirado gratuitamente na recepção do Paço das Artes 

16h às 17h | Performance | Regime Noturno | Luanna Jimenes 

Regime noturno (2025) integra as práticas de fabular um mundo habitado por criaturas híbridas. A ação é inspirada na obra Vampyroteuthis Infernalis, de Flusser, um romance parcialmente informado pela biologia, que nos apresenta o caráter de um cefalópode que vive nas profundezas abissais do oceano, cujo corpo, habitat e visão de mundo funcionam como um espelho distorcido dos temperamentos que nos definem. A performance instaura a ambiência hesitante de um animal deslocado de seu contexto. 

Luanna Jimenes (São Paulo, 1980) é artista do corpo e da performance, e vem desenvolvendo sua pesquisa na interface entre as artes visuais e a dança. Seus trabalhos integram materialidades entre a vestimenta e a escultura, implicando sua presença e desencadeando situações. 

17h às 17h15 | Atoinvenção Vândalas mascaradas – Festa da fúria | A TRANSÄLIEN, Bárbara Matias Kariri, Olinda Yawar Tupinambá e Sophia Pinheiro 

Desde 2013, Sophia Pinheiro desenvolve a série

Vândalas mascaradas

em forma de desenhos, pinturas, esculturas e “atoinvenções” (nome que deu ao conjunto de filmes, fotografias e performances que compõem a obra). Essa pesquisa se foca em máscaras, gestos e movimentos que os corpos trazem/fazem em comunidade nesse mundo patriarcal que atenta contra a autonomia e a felicidade de nossos corpos. Nesse atoinvenção inédito, Pinheiro convida para a festa as artistas

A TRANSÄLIEN

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Bárbara Matias Kariri e Olinda Yawar Tupinambá, com suas coreografias de desejo e fúria, indisciplinadamente encantadas, híbridas, humanas e não humanas, não binárias, aliadas à ecologia e às práticas que alimentam o mundo. 

A TRANSÄLIEN (PE/SP) transita entre a utopia e o mistério. É uma multiartista pernambucana radicada em São Paulo, produtora cultural, curadora, corpo-espetáculo, DJ, idealizadora da Coletividade MARSHA! e articuladora pelos direitos das pessoas trans e travestis no Brasil.  

Barbara Matias (CE) é indígena da etnia Kariri, integrando o conselho e a coordenação da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas. É a autora de Poesia da terra (2024), doutora em artes da cena pela UFMG, além de tia de Maria Luiza e Emanuelle, devota das pedras – Dé Raddá Cró Crody, WARAKIDZÃ.  

Olinda Yawar Tupinambá (BA) é indígena do povo Tupinambá e Pataxó Hãhãhãe, produtora cultural, performer e realizadora audiovisual. Seu trabalho se destaca com a proposta de usar seu corpo como um corpo político, um corpo que se transmuta para falar de outros mundos possíveis, visibilizar e discutir as questões ambientais e a relação do homem com a natureza. Faz parte do conselho da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas.  

Sophia Pinheiro (GO) é artista visual, cineasta e educadora. Suas obras, em diversos suportes, abordam pedagogias contracoloniais, cultura popular, mulheridades e ecologias, atravessadas por seu ativismo feminista e de aliança junto aos povos indígenas. É professora titular de cinema (FAAP) e conselheira e coordenadora da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas.