Cineclube TAVA: Artivismo e Performance, com Olinda Tupinambá

Sobre o Evento
As inscrições serão realizadas de 24 de abril a 1º de maio ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
No dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer.
O Cineclube deste mês exibirá uma seleção de obras da multiartista Olinda Tupinambá, que estará presente para uma roda de conversa com o público após a exibição. Os filmes serão “Kaapora – O Chamado das Matas” (2020), “Equilíbrio” (2020), “O Parto” (2021) e “Ibirapitanga” (2022). Suas narrativas mesclam diferentes materialidades e linguagens: narração, imagens documentais, trilha sonora, dança e atuação da própria Olinda enquanto performer e ativista ambiental. “Kaapora” ganhou prêmio de Melhor Curta Metragem na Mostra Competitiva Divino Tserewahú, no III Festival do Filme Etnográfico do Pará (FFEP), além de Menção Honrosa na Mostra Competitiva Brasil Fantástico, no 12º Cinefantasy; “Ibirapitanga”, como Melhor Filme na Mostra Brasil Fantástico 2023.
Kaapora – O Chamado das Matas
Uma narrativa da ligação dos povos indígenas com a Terra e sua espiritualidade, do ponto de vista da indígena Olinda, que desenvolve um projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo. Com a cosmovisão indígena como lente, a Kaapora e outros personagens espirituais são a linha central da narrativa e argumento do filme.
Brasil, 2020, 20’08”
Gênero: documentário/ficção
Direção, Argumento, Roteiro e Montagem, Direção de Arte, Maquiagem e Figurino, Coreografia: Olinda Muniz Wanderley – Yawar
Elenco: Yawar e Rita Muniz
Edição, Direção de Elenco e Preparação, Pesquisa, Operação de Câmera: Olinda Wanderley e Samuel Wanderley
Direção de Fotografia, Iluminação e Efeitos, Som Direto, Assistente de Direção e Produção I, Fotografo de Still, Eletricista: Samuel Wanderley
Assistente de Produção II: Daniel Dourado
Auxiliar de Produção, Assistente de Efeitos, Auxiliar de Cenário: Rodrigo Muniz
Música Original: Olinda Wanderley, adaptação Daniel Penha
Cor: colorido
Equilíbrio
Curta-metragem que retrata a condição humana no planeta Terra. O discurso da Kaapora, uma entidade espiritual indígena, norteia a discussão crítica da relação destrutiva da nossa civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida, e do qual nós dependemos para continuar nossa existência enquanto espécie.
Brasil, 2020, 11’34”
Gênero: documentário/ficção
Produção, Direção, Argumento, Roteiro e Montagem, Direção de Arte, Maquiagem e Figurino: Olinda Muniz Wanderley – Yawar
Elenco: Yawar
Edição, Direção de Fotografia, Desenho de Som: Samuel Wanderley
Cor: colorido
Ibirapitanga
Um filme experimental que retrata a visão de uma entidade, a árvore Ibirapitanga. Ibirapitanga é o Pau-Brasil, uma das árvores mais significativa do país e do bioma onde ocorre. O enredo provoca uma reflexão sobre a importância da Mata Atlântica, e das árvores, para a humanidade, sua influência na construção e manutenção da vida na Terra. Tudo está ligado e temos a mesma origem.
Brasil, 2022, 07’55”
Gênero: fantasia/ficção
Direção, Argumento, Roteiro, Direção de Arte e Som Direto: Olinda Wanderley
Entidade Árvore e Narração: Yawar Tupinambá
Maquiagem: Samira Santos e Olinda Wanderley
Edição e Direção de Fotografia: Samuel Wanderley
Operação de Câmera, Montagem: Olinda Wanderley e Samuel Wanderley
Cor: colorido
O Parto
Em atuação performática, o curta-metragem busca explorar a discussão sobre a criação, a existência e a vida, através da ótica indígena. Conecta-se com a realidade vivida pelos povos originários para além dos anos de pandemia de Covid-19, contexto em que foi produzido.
Brasil, 2021, 8’38”
Gênero: ficção
Direção, Direção de Arte, Roteiro, Montagem e Produção: Olinda Muniz Wanderley – Yawar
Direção de Fotografia, Desenho de Audio e Edição: Samuel Wanderley
Música Original de Flauta: Gabriel Campos
Performance: Yawar Tupinambá
Cor: colorido
Sobre Olinda Tupinambá
Pertence aos povos Tupinambá e Pataxó Hã-hã-hãe. É multiartista graduada em comunicação social, produtora cultural, performer e realizadora audiovisual. Seu trabalho se destaca com a proposta de usar seu corpo como um corpo político, um corpo que se transmuta para falar de outros mundos possíveis, visibilizar e discutir as questões ambientais e a relação do homem com a natureza, tema recorrente em algumas obras. Trabalha com audiovisual desde o final de 2015, entre documentários, ficção e performance, produziu e dirigiu 10 obras audiovisuais próprias e independentes. Foi curadora de diversos festivais e mostra de cinema, entre eles o Festival de Cinema Indígena Cine Kurumin (2020), (2021) e (2024); Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (2020) e (2021); 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI) (2022); Festival Visões Periféricas (2025). Produtora de duas mostras de cinema: Mostra Paraguaçu de Cinema Indígena (2017) e Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas (2021). Integrou o grupo de pesquisa “Culturas de Antirracismo na América Latina”, da Universidade Federal da Bahia (CARLA/UFBA). Em 2024, teve sua primeira participação internacional na 60ª Bienal de Veneza com a obra Equilíbrio. Foi indicada ao prêmio Pipa 2024. Atualmente, faz parte do Conselho da Rede Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas.
Sobre o Cineclube TAVA
Para dar visibilidade ao cinema indígena, o MCI sedia o Cineclube TAVA, uma oportunidade para ver, pensar e conversar sobre produções audiovisuais de povos originários, que se tornam importantes canais de comunicação dentro das comunidades e ampliam a criação de redes entre as diversas etnias, constituindo um espaço de atuação e protagonismo, promovendo o reconhecimento de grupos e atuações e fortalecendo suas lutas.
Cineclube é um espaço democrático, educativo, político, que contribui na formação do público porque promove, também, rodas de conversa com os participantes ou realizadores dos filmes. As obras exibidas possibilitam que o espectador conheça diferentes cinematografias, narrativas, estéticas e culturas.
Data: 01/05/2025, quinta-feira
Local: Museu das Culturas Indígenas | 7º Andar
Horário: das 18h às 20h
Vagas: 40 (quarenta)
Entrada: gratuita, mediante inscrição
Classificação: 12 anos
Informações: (11) 3873-1541
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 24 de abril a 1º de maio ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- no dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer;
- para maior comodidade, aconselhamos chegar com 30 minutos de antecedência do horário da atividade;
- para conforto e segurança de todos os participantes, não é permitida a entrada com malas, mochilas, dentre outros tipos de bolsas grandes. Pedimos a gentileza de consultar a disponibilidade e utilizar nosso guarda-volumes, localizado no Térreo/Recepção. Bolsas de amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas.