de 24 à 25 de maio
sábado das 16:00 às 17:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
Atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.
O Coletivo Kanewí traz para a Virada Cultural no MCI uma “Roda de Toré”. Trata-se de um ritual cultural e religioso praticado por diversos povos indígenas do Nordeste brasileiro, incluindo, entre outros, os Kariri-Xocó, Pankararé, Pankararu e Xukuru-Kariri, de maneira que cada comunidade tenha suas próprias variações de ritmos, toadas e expressões. É uma dança circular, com cantos e música, e símbolo importante de identidade, tradição e de conexão com a cosmovisão e espiritualidade, envolvendo a invocação de entidades, como os “Encantados”.
Sobre o Coletivo Kanewí
Coletivo cultural indígena cofundado por Awassury Fulkaxó e Júlia Maynã em 2021, que se propõe a compartilhar o conhecimento cultural e tradicional das suas etnias, Fulni-ô, Kariri-Xocó e Xukuru Kariri. Para as ações culturais e educativas, articulam a participação de outros agentes culturais indigenas, conforme a disponibilidade, ampliando o alcance das iniciativas e promovendo o fortalecimento coletivo, com potencial para trocas culturais, trazendo uma pespectiva contemporânea sobre os povos indígenas do Brasil hoje.
Sobre Awassury Fulkaxó
Nascido na Aldeia Kariri-Xocó, em Porto Real do Colégio (AL), e pertencente também a etnia Fulni-ô, de Águas Belas (PE), integra a comunidade Fulkaxó, que é resultante da mistura entre as duas etnias. Acompanha o pai, Tchydjo, em trabalhos com a cultura e a espiritualidade em outros Estados desde os seus 16 anos. Hoje, mais de 30 anos depois, mantém o compromisso de levar sua tradição ao redor do Brasil. É artesão de referência e atua há 20 anos como educador promovendo interações culturais em escolas. Trabalhou 13 anos no “Sítio do Sol”, em Cabreúva (SP), como condutor de vivências educacionais indígenas. Possui projetos de oficinas de confecção de brinquedos tradicionais e realiza pajelanças a partir da espiritualidade do seu povo. Atualmente, está produzindo um livro sobre sua história e do seu povo entitulado “Crianças Kariri-Xocó: lábios de boi”, com previsão de lançamento para 2025.
Sobre Júlia Maynã
Do povo Xukuru-Kariri, nasceu em contexto urbano pós-migratório, em São Paulo, no bairro Cachoeirinha. Sua aldeia de origem se localiza em Palmeira dos Índios (AL). É educadora, multiartista, produtora cultural e historiadora, licenciada pela Universidade de Pernambuco (UPE). Sua vivência entre a aldeia e a cidade a despertou a trabalhar com temas como migração indígena, memória ancestral, corpo-território, apagamento étnico e resistência cultural. É técnica em dança pela Escola Técnica de Artes do Centro Paula Souza (ETEC de Artes-CPS). Fez parte da equipe do Núcleo de Transformações e Saberes do Museu das Culturas Indígenas (NUTRAS-MCI), auxiliando no desenvolvimento de materiais pedagógicos como a coleção de “Cadernos Educativos Bem-Viver” (2024). É idealizadora do projeto “Memórias Feitas de Caroá: mulheres frutos das migrações indígenas nordestinas para São Paulo” (PROAC 21/2024) e cantora no Grupo Vocal Vozes Ancestrais. Escreve, produz e apoia projetos com foco em fortalecer a autonomia dos povos e territórios tradicionais. Além de sua atuação como agente cultural, Maynã também é artesã e trabalha com ervas, produzindo sabonetes, óleos, banhos de assento e pomadas naturais, mantendo viva a sabedoria ancestral do seu povo.
Sobre a Virada Cultural da Cidade de São Paulo
Inspirada no festival francês Nuit Blanche (na tradução, Noite Branca), é um evento promovido desde 2005 pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, que oferece atrações culturais gratuitas, durante 24 horas ininterruptas, para pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais e preferências artísticas.
Por meio de apresentações em logradouros públicos e equipamentos oficiais, dentre outros espaços culturais parceiros, conquistou, nesses 21 anos de existência, o reconhecimento da mídia e do público, consolidando-se como um dos eventos nacionais mais importantes do Brasil, convidando a população a ocupar o centro da cidade, incentivando o convívio social através da cultura e possibilitando o acesso a diversas formas de arte.
Observação:
Políticas de entrada
gratuita, sem necessidade de inscrição
MCI - Museu das Culturas Indígenas
de 24 à 25 de maio
sábado das 16:00 às 17:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
Produtora do Evento