Aniversário do MCI: Contação de Histórias - “Narrativas de Criação do MCI”

Sobre o Evento
As inscrições serão realizadas de 21 a 28 de junho ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
No dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer.
Neste mês, em uma edição especial, o Programa de Contação de Histórias traz “Narrativas de Criação do MCI”, de forma a integrar a grade de programação das comemorações do terceiro aniversário do Museu. Contando com a presença de Cristine Takuá, Maria Ara Poty, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi, representantes que impulsionaram mobilizações indígenas pelos direitos ao território e à educação diferenciada, que aconteceram paralelamente à projeção das artes indígenas no contexto artístico-cultural de São Paulo, teremos relatos sobre a conquista e importância desse espaço de diálogo intercultural entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permite, aos diversos povos originários, compartilhar suas ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes, memórias e histórias.
A iniciativa de criação do Museu das Culturas Indígenas (MCI) se materializou a partir do segundo semestre de 2021, em diálogos entre lideranças indígenas, gestores públicos e Instituto Maracá, concretizando a proposta de estruturação de uma unidade museológica estadual, que desde o início de seu planejamento e implantação contou com o protagonismo, participação e colaboração indígenas, por meio do Conselho Indígena Aty Mirim.
Sobre Cristine Takuá
Filósofa, educadora, artesã e aprendiz de parteira, do povo Maxakali; graduada em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Foi professora por doze anos na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’ e coordenadora da Comissão Guarani Yvy Rupa. É representante do Núcleo de Educação Indígena (NEI), na Secretaria de Educação de São Paulo, e membro-fundadora do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp). Atualmente, é diretora do Instituto Maracá, que faz a gestão compartilhada do Museu das Culturas Indígenas (MCI), e coordenadora da Ação Colaborativa Escolas Vivas, em parceria com Selvagem - ciclo de estudos sobre a vida. Vive na Terra Indígena Rio Silveira, localizada na divisa dos municípios de Bertioga e São Sebastião.
Sobre Maria Ara Poty
É Cacica Guarani Mbya da Tekoa Itawerá (Terra Indígena Jaraguá), representante de seu povo e vice-presidente no Conselho Municipal de Povos Indígenas de São Paulo (COMPISP) e integrante do Conselho Aty Mirim, instância pela qual têm se construído mecanismos de escuta, consulta e formulação de uma agenda propositiva de trabalho comprometida com os direitos dos povos indígenas e com a promoção de uma co-gestão indígena do MCI. Fez parte do elenco de “Fora do Lugar” (2023), que também dirigiu, junto com Sônia Ara Mirim, “O Caminho para TAVA, casa de transformação” (2023), “TAVA: O Caminho da Sabedoria e das Belas Palavras” (2023) e “O Jardim de Maria” (2024). Nascida no Paraná, veio para São Paulo por meio de caminhada e carona, ainda adolescente, acompanhada de Para Poty, Yva e Waka’e, motivada pela curiosidade despertada em programas de rádio e histórias transmitidas por seu pai. Passou por diversos outros territórios e compartilha a prática do “guatá” (caminhar).
Sobre Sônia Ara Mirim
De origem Xucuru-Cariri, é moradora da Terra Indígena Guarani Mbya e Guarani Ñandeva do Jaraguá, em São Paulo, ativista em coletivos e movimentos sociais de mulheres e povos indígenas pelo direito à terra. Fez parte dos elencos dos filmes “Avaxi Para’i” (2017), “TAVA: O Caminho da Sabedoria e das Belas Palavras” (2023), “Anhangabaú” (2023) e “Fora do Lugar” (2023) - neste último, além de atuar, compartilhou a direção com Maria Ara Poty. É uma das curadoras das exposições “Hendu Porã’rã, escutar com o corpo” e “Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham” e Mestra de Saberes no Museu das Culturas Indígenas.
Sobre Tamikuã Txihi
Mulher indígena do povo Pataxó, da Terra Indígena Caramuru-Paraguassu (Pau Brasil - BA); atualmente, vive com o povo Guarani Mbya, na Tekoa Itakupe, no Território Indígena do Jaraguá (São Paulo - SP), sendo uma das lideranças. Iniciadora do projeto cultural de memória viva e recuperação da Mata Atlântica “Toka da Onça oka”, recuperando conhecimentos, técnicas de construção e materiais de seus ancestrais. É multi-artista (artista visual e audiovisual, ceramista, escultora, performer, poeta), curadora, construtora na arquitetura indígena, ativista, guardiã da Mãe Terra e irmã Natureza, tendo a onça como símbolo de inspiração, luta e resistência, representando força, sabedoria e agilidade. Autodidata, aprendeu a praticar e produzir visões próprias no manejo das cores, formas e desenhos; também é graduada em Serviço Social pela Faculdade de São Paulo (FASP). Já teve obras expostas na Pinacoteca e Galeria Carmo Johnson Projects (São Paulo), Caixa Cultural (Brasília) e Tufts University Art Galleries (Boston); foi indicada ao Prêmio PIPA (2022); produziu a exposição “Mymba’i - pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica” e é uma das curadoras da exposição coletiva “Hendu Porã’rã - escutar com o corpo”, no Museu das Culturas Indígenas. Integrante do movimento e organização social Feminismo Comunitário de Abya Yala Tecido Pindorama Brasil, do Conselho Deliberativo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) e do Conselho Indígena Aty Mirim, instância em que se constroem mecanismos de escuta, consulta e formulação da agenda propositiva de trabalho do MCI, comprometida com os direitos dos povos indígenas. Tem a arte como um dos instrumentos de luta e defesa dos corpos e territórios.
Sobre o Museu das Culturas Indígenas
Inaugurado em 2022, é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, administrada via Contrato de Gestão pela Organização Social de Cultura (OSC) Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), em parceria com o Instituto Maracá. Desenvolve uma proposta inovadora de gestão compartilhada com protagonismo do Conselho Indígena Aty Mirim, que é composto por lideranças de diversos povos indígenas do Estado de São Paulo: Guarani Mbya, Guarani Nhandeva, Kaingang, Krenak, Pankararu, Pataxó, Terena, Tupi-Guarani e Wassu-Cocal.
Sobre o Programa de Contação de Histórias MCI
Criado em 2024, é um programa mensal para crianças e suas famílias com foco nos saberes dos povos originários e na possibilidade de experiências de interação e compreensão da diferença. Promove a valorização da pluralidade de vozes e vivências, a partir do compartilhamento de narrativas sobre os modos de viver, estar e cuidar do mundo pela perspectiva de diferentes povos indígenas.
Em seu primeiro ano de realização, Lilly Baniwa, Luã Apyká, Natan Kuparaka, Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo, Kuenan Tikuna, Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó, Cristino Wapichana, Énh xym Akroá Gamella, Coletivo Kanewí (Júlia Maynã e Awassury Fulkaxó), Sônia Ara Mirim e Natalício Karaí de Souza, Tserenhõ’õ Tseredzawê e Xipu Puri e Abi Poty trouxeram suas histórias.
Data: 28/06/2025, sábado
Local: Museu das Culturas Indígenas | 7º Andar
Horário: das 11h às 12h
Vagas: 30 (trinta)
Entrada: gratuita, mediante inscrição
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 21 a 28 de junho ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- apenas crianças de colo, com até 24 meses incompletos, não necessitam de inscrição, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- no dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer;
- para maior comodidade, aconselhamos chegar com 30 minutos de antecedência do horário da atividade;
- a entrada/participação de crianças menores de 12 anos só é permitida se acompanhada de um responsável maior 18 anos de idade;
- para conforto e segurança de todos os participantes, não é permitida a entrada com malas, mochilas, dentre outros tipos de bolsas grandes. Pedimos a gentileza de consultar a disponibilidade e utilizar nosso guarda-volumes, localizado no Térreo/Recepção. Bolsas de amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas.