Fotografia e Memória: Histórias cruzadas na exposição Retratos Revelados

Local acessível para cadeirantes.
Sobre o Evento
Com a participação dos fotógrafos: Jacob Bosch Contreras, Mário Virgílio Castello, Moyra Madeira e Patricia Lens
No dia 11 de junho de 2025, acontece a palestra Fotografia e Memória: histórias cruzadas na exposição Retratos Revelados, com a historiadora e curadora da exposição Maria Luiza Tucci Carneiro. O objetivo é compartilhar o processo curatorial da exposição Retratos Revelados, abordando os critérios adotados para a construção da mostra e o papel da fotografia como instrumento de memória. Os fotógrafos Jacob Bosch Contreras, também cocurador da mostra, Mário Virgílio Castello, Moyra Madeira e Patricia Lens, participam como convidados na segunda parte desta noite.
A exposição foi organizada de modo que cada retrato está acompanhado da trajetória de vida do retratado, organizada ao longo de uma linha do tempo que acompanha os anos de 1933 a 1945, período que abrange a ascensão do Nazismo na Europa, a Segunda Guerra Mundial e a Shoá. Ao entrelaçar essas histórias individuais, a exposição convida o público a compreender melhor o que o ser humano é capaz de fazer, tanto em termos de destruição quanto de solidariedade. A palestra também destaca como os atos de empatia e coragem foram determinantes para a sobrevivência de muitos durante essa catástrofe.
A exposição Retratos Revelados está em cartaz na Unibes Cultural até dia 29 de junho.
Classificação indicativa: Livre
Gratuito
Palestrante:
Maria Luiza Tucci Carneiro é historiadora, romancista, editora e professora sênior do Departamento de História da FFLCH-USP, onde coordena o LEER – Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação. É autora de inúmeros livros sobre racismo, Holocausto, imigração judaica, arte e cultura política, entre os quais: Dez Mitos sobre os Judeus, O Antissemitismo na Era Vargas, Cidadão do Mundo: o Brasil diante do Holocausto e dos refugiados judeus e Os Diabos de Ourém, romance histórico baseado em fatos reais.
Convidados:
Jacob Bosch Contreras é produtor cultural nascido no Chile e residente no Brasil há mais de vinte anos. Foi voluntário em projetos sociais no Brasil, Chile e Paraguai por 15 anos. Autodidata no início de sua trajetória, aprofundou-se nas artes como forma de comunicação e concluiu o curso Técnico em Processos Fotográficos no SENAC-SP. Apaixonado pela fotografia analógica, fundou o Projeto FAASP – Festival de Arte Analógica São Paulo. Atua como curador e organizador de exposições, com passagens pelo Festival Internacional Paraty em Foco (RJ), Assembleia Legislativa de São Paulo, Unibes Cultural e Casa Portfolio (Curitiba). Também produz oficinas infantis para a Maratona Infantil do MIS-SP e integra a Rede Foto.
Mário Virgílio Castello nasceu em 1958 e há mais de quatro décadas fotografa como quem escreve com a luz. Iniciou sua trajetória no IDART e no Centro Cultural São Paulo, registrando a cena cultural da cidade. Atuou na grande imprensa, com trabalhos publicados em revistas como Veja, IstoÉ e Exame, transitando por temas que vão da indústria à publicidade, da arquitetura aos retratos corporativos. É na fotografia fine art, especialmente em preto e branco, que encontra sua maior expressão, criando imagens que evocam atmosferas e emoções. Mário domina o analógico e o digital com a sensibilidade de quem transforma o invisível em forma, e vê na materialização da imagem impressa o ponto culminante do processo fotográfico.
Moyra Madeira é multiartista, educadora e mãe. Graduada em Filosofia e pós-graduada em Arte-Educação, desenvolve criações interdisciplinares envolvendo performance, fotografia, vídeo, design e práticas educativas. Atuou no coletivo Desvio Coletivo, cocriou o projeto Dispositivo em Movimento e participou de duas edições da Virada Educação. Realizou direção de fotografia em videoclipes e projetos musicais, além de trabalhos em videoarte, mostras de performance e artes cênicas. Foi arte-educadora nas Fábricas de Cultura e orientadora de dramaturgia no Projeto Espetáculo. Participa da Maratona Infantil do MIS-SP, integra o Projeto Arte Analógica e atua como fotógrafa na Escola Vila Alpha e atelierista na Casa Ubaiá Escola.
Patricia Lens é fotógrafa e artista visual, com uma pesquisa voltada à interseção entre o corpo feminino e a paisagem. Seus trabalhos exploram temas como pertencimento, identidade e liberdade, utilizando a materialidade da fotografia analógica como expressão sensorial. Suas imagens já foram exibidas em exposições no Brasil e no exterior, além de publicadas na revista FEEM (América Latina) e no projeto global Fashion Revolution. Participou do projeto Somos Muitas, do Instituto Tomie Ohtake, e teve seu trabalho publicado em um fotolivro lançado em Londres. Atua na produção de séries documentais e autorais, retratando a fusão entre corpo e natureza.