de 23 à 24 de julho
quarta das 9:00 às 10:00
R. Odete Teresinha Santuci Otaviano, 92 - Conj. Hab. Vida Nova, Campinas - SP, 13057-508, Brasil
Entrada Gratuita
“Dijanira, mulher mãe do Campo Grande” é um espetáculo tecido a partir das histórias e das lutas de diferentes mulheres mães reais da região do Campo Grande, na cidade de Campinas, interior de São Paulo.
A peça narra a vida de Dijanira, ou Dija, desde sua infância dura até o momento da explosão de sua potência vital com a maternidade. Mulher negra, filha de mãe solo e “casada” ainda menina pelas imposições da vida na periferia de uma grande cidade, nossa protagonista é a personificação de uma verdadeira erupção vulcânica. A resiliência forjada pela jornada repleta de percalços e batalhas cotidianas - como a de carregar a lata d’ água na cabeça todos os dias, ou a de ter que ir trabalhar com os peitos vazando leite, poucos dias depois do parto -, se espalha como lava, preenche as frestas da vida, endurece e se fortalece em rocha.
Para além da beleza, esta é também uma história tristemente familiar; a de uma menina que precisou ajudar a criar os irmãos mais novos, que foi obrigada a trabalhar cedo demais e a sair de casa cedo demais, e que sofreu a perda de muitas oportunidades e do poder de decidir sobre a própria vida.
A estética proposta é não realista, e sim arquetípica, alegórica, segundo a qual os corpos das atrizes, por meio de seus figurinos, compõem também o cenário, oferecendo elementos visuais que também fornecem leituras do que se deseja falar. A construção do figurino e do cenário ocorre em concomitância com a montagem do espetáculo, o que significa que elementos vão sendo agregados ou modificados conforme o espetáculo vai se estruturando.
Além da heroína, destaca-se o coro, que ora representa as mulheres mães em sua coletividade, ora representa a sociedade, a estrutura racista, classista e patriarcal. A proposta estética do coro é a indistinguibilidade de suas integrantes. Se por um lado no coro se está segura, acolhida e fortalecida, por outro lado, apenas na coletividade se está visível. Trata-se de um coro marginal formado por corpos que na sua marginalidade recebe por destino a criação da maior parte da população brasileira.
Como não poderia ser diferente, “Dijanira, mulher mãe do Campo Grande” é completamente realizado, dirigido e encenado por mulheres mães, que se revezam entre diversos papéis do espetáculo e da vida real, e realizam, cada uma delas, mais de uma função, no palco como na vida.
Com aproximadamente 40 min de duração, cenografia móvel, e projetado para um público disposto em arena, o espetáculo pode ser encenado em diferentes tipos de espaços, especialmente abertos, como quadras, praças, centros culturais, associações de bairro. Além disso, está pensado para acolher e integrar públicos diversos, como mães com bebês pequenos, crianças de todas as idades, pessoas típicas ou neurodivergentes, pessoas com deficiência, etc.
Fah Duarte - atriz
Jeniffer Éffe's - atriz
Vânia Silva - atriz
Vera Franco - atriz
Nicole Preto - atriz
Gabriela Buck - atriz
Carol Marola - atriz
Brunela Succi - atriz
Bruna Potenza - diretora
Amanda Vadillo - diretora de arte e cenógrafa
Políticas de entrada
Entrada gratuita
de 23 à 24 de julho
quarta das 9:00 às 10:00
R. Odete Teresinha Santuci Otaviano, 92 - Conj. Hab. Vida Nova, Campinas - SP, 13057-508, Brasil
Entrada Gratuita
Produtora do Evento
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