de 9 à 10 de agosto
sábado das 15:00 às 16:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
Atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, o MCI recebe o Coletivo Bayaroá Kuruá para uma apresentação cultural. A fim de fortalecer saberes e difundir a cultura de povos do Alto Rio Negro, o coletivo traz instrumentos musicais que desempenham um papel importante nas tradições locais: japurutu (flauta longa de paxiúba), kapiwayá (bastão de embaúba), kariçu (flauta de pã) e mawako (instrumento de percussão feito com embaúba).
Sobre o Dia Internacional dos Povos Indígenas
Os povos indígenas vivem em todos os continentes e possuem, ocupam ou usam cerca de 22% da área terrestre. Falam a maioria das cerca de 7 mil línguas existentes e representam 5 mil culturas diferentes. Em 9 de agosto invoca-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas com o intuito de aumentar a compreensão e conscientização sobre a importância dos povos originários e compartilhar temáticas relacionadas à proteção de seus direitos. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em dezembro de 1994.
Sobre o Coletivo Bayaroá Kuruá
Composto por estudantes indígenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de diversas etnias do Alto Rio Negro – Baniwa, Dessano, Kotiria, Pira-tapuya, Tariano e Tukano –, surgiu como uma iniciativa de reafirmar a presença indígena na universidade, inicialmente, como um grupo de dança, música e artes. Atualmente, além do trabalho artístico tradicional, promove o intercâmbio de conhecimentos, saberes, epistemologias e filosofias indígenas por meio de vivências e outras atividades que valorizam a cultura, a resistência e a representatividade dos povos originários, fortalecendo suas identidades.
Sobre a Terra Indígena Alto Rio Negro
Localizada entre os municípios de São Gabriel da Cachoeira (92% de sua superficie) e Japurá, é habitada por comunidades de mais de vinte etnias originárias: Arapaso, Baniwa, Bará, Barasana, Baré, Dessano, Hupda, Isolados do Igarapé Waranaçu, Isolados do Rio Cuririari, Isolados do Rio Uaupés, Karapanã, Koripako, Kotiria, Kubeo, Makuna, Mirity-tapuya, Pira-tapuya, Siriano, Tariano, Tukano, Tuyuka, Warekena e Yuhupdeh.
Sobre o Povo Baniwa
Concentra-se na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em territórios localizados às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no Alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). Os Baniwa são exímios na confecção de cestaria de arumã, cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heróis criadores. Recentemente, têm ainda se destacado pela participação ativa no movimento indígena da região.
Sobre o Povo Dessano (ou Desana)
Autodenominados Umukomasã. Habitam, principalmente, o Rio Tiquié e seus afluentes Cucura, Umari e Castanha; o Rio Papuri (especialmente em Piracuara e Monfort) e seus afluentes Turi e Urucu; além de trechos do Rio Uaupés e Negro (inclusive cidades da região). Existem aproximadamente 30 divisões entre os Desana, entre chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes. Este número pode variar segundo a fonte. Os Desana são especialistas em certos tipos de cestos trançados, como apás grandes (balaios com aros internos de cipó) e cumatás.
Sobre o Povo Kotiria
O “povo d’água”, também conhecido como Wanano ou Wanana, é um povo indígena binacional que vive tanto no Brasil quanto na Colômbia. Predominam no Médio Uaupés, entre a cachoeira de Arara e Mitú. Entre Arara e Taracuá (do Alto Uaupés), os Kotiria são hegemônicos; acima daí, convivem em território onde a maioria é Kubeo. Há informações de que existem 25 divisões entre os Kotiria. Sua especialidade no âmbito das relações de troca interétnica é o preparo do carajuru, um pó corante feito com as folhas de um cipó, muito usado na confecção de artefatos rituais e na pintura do banco tukano, bem como para a pintura corporal. Também são hábeis cesteiros e produtores de objetos de tururi.
Sobre o Povo Pira-tapuya
Os Waíkhana (autodenominação), regionalmente conhecidos como Pira-tapuya, vivem na região de fronteira entre o Brasil e a Colômbia, às margens no Médio Papuri (nas proximidades de Teresita) e no Baixo Uaupés. O etnônimo Waikhana significa “povo peixe” e Pira-tapuya é um apelido que ganharam após a chegada dos colonizadores: uma tradução aproximada do nome do grupo para o “nheengatu”, língua geral amazônica introduzida na região do rio Negro pelos missionários católicos entre os séculos XVIII e XIX. Eles são também chamados de Pinoã Mahsã, “gente cobra”, por outros grupos da família Tukano Oriental com os quais compartilham territórios e mantêm trocas matrimoniais e culturais.
Sobre o Povo Tariano (ou Tariana)
Os Taliaseri, como se chamam, se reconhecem e são reconhecidos entre as etnias do Uaupés como “filhos do sangue do trovão”, bipó diroá masí. De origem Aruak, hoje a imensa maioria fala a língua Tukano e vive no povoado de Iauaretê ou em comunidades próximas, às margens do Uaupés. São especializados em implementos de pesca como caiá, cacuri, matapi.
Sobre o Povo Tukano
Autodenominam-se Ye’pâ-masa ou Daséa e falam línguas da família Tukano Oriental. São conhecidos por sua rica cultura, que inclui um sistema social complexo baseado em trocas e rituais, além de uma relação profunda com a natureza e suas manifestações. É a etnia mais numerosa da família lingüística Tukano Oriental. Concentram-se principalmente nos rios Tiquié, Papuri e Uaupés; mas também estão morando no Rio Negro, a jusante da foz do Uaupés, inclusive na cidade de São Gabriel.
Data: 09/08/2025, sábado
Local: Museu das Culturas Indígenas
Horário: das 15h às 16h
Entrada: gratuita, sem necessidade de inscrição
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541
Observações:
- atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.
Políticas de entrada
gratuita, sem necessidade de inscrição
MCI - Museu das Culturas Indígenas
de 9 à 10 de agosto
sábado das 15:00 às 16:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
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