Protagonismo Feminino e Memória Andina, com Maryta de Humahuaca

Sobre o Evento
As inscrições serão realizadas de 30 de agosto a 6 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
No dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer.
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher Indígena, o MCI receberá Maryta de Humahuaca (Omaguaca) para debater ancestralidades, direitos humanos, ambientais e de memória histórica dos Andes, a partir do protagonismo das mulheres indígenas como agentes de transformação social em suas famílias e comunidades, bem como guardiãs dos modos de vida nativos. A atividade relembrará o legado de Bartolina Sisa, mulher Aymará, símbolo das resistências indígena e camponesa na história colonial da América do Sul.
Sobre o Dia Internacional da Mulher Indígena
Instituído em 1983, durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tiwanaku (Bolívia), teve sua data escolhida em memória à Bartolina Sisa, mulher Aymará que foi executada em 5 de setembro de 1782, após ser traída durante o Cerco de La Paz (rebelião anticolonial, que congregou mais de 150 mil indígenas da região, liderada por ela; seu marido, Túpac Katari (Julián Apaza); José Gabriel Condorcanqui, mais tarde conhecido como Túpac Amaru II; e os irmãos Damasio e Tomás Katari).
Nascida por volta de 1750 na comunidade indígena de Q’ara Qhatu, aldeia na Real Audiência de Charcas, Vice-Reino do Peru, ainda criança, Bartolina mudou-se para a província de Sica Sica, onde percorria o altiplano comercializando folhas de coca e têxteis produzidos por sua família e acabou conhecendo Julián Apaza, mais tarde conhecido como Túpac Katari, com quem ela se casaria e teria quatro filhos. No início de sua idade adulta, testemunhando a violência e a injustiça dispensado aos povos indígenas, juntou-se a seu marido no movimento de resistência e se destacou por sua valentia frente às tropas espanholas que tentavam invadir o território dos povos originários do Alto Peru, hoje região de La Paz.
Sobre Maryta de Humahuaca
María Farfán, conhecida, ancestralmente, como Kusilla e, artisticamente, como Maryta de Humahuaca, é ativista, cantora, compositora e curandeira do povo Omaguaca. Teve o privilégio de receber o legado da canção de sua avó; o que a levou a palcos internacionais, especialmente em territórios indígenas de Abya Yala, do Alasca até a Terra do Fogo, transmitindo sua música e mensagem e organizando retiros e encontros para diversas comunidades para promover modos de vida resilientes, recíprocos e complementares baseados no Sumaj Kawsay (termo em quéchua que se traduz como “bem viver” ou “vida boa e harmoniosa”). É Embaixadora Cultural de Jujuy, por seu trabalho de preservação e difusão da rica tradição de seu povo; vencedora do Prêmio Atahualpa (2011); e ex-Secretária de Cultura do Município de Humahuaca.
Sobre o Povo Omaguaca
Também chamado Humahuaca, é um grupo de povos indígenas que habitam, principalmente, a região de Tilcara e Humahuaca, na província de Jujuy, Argentina, na Quebrada de Humahuaca, nas bacias dos rios Grande, Lavayén e San Francisco; também encontrados nas regiões de Zenta, Iruya, Lipeo e Bermejo (Salta) e Tarija e Bermejo (Bolívia). Como a área da Quebrada de Humahuaca era passagem de caravanas e migrações, receberam todo tipo de influências, inclusive do Império Inca, que, aliado aos Aymarás, invadiu seus territórios no século XIV e se estabeleceu em suas estratégicas cidades.
Data: 06/09/2025, sábado
Local: Museu das Culturas Indígenas | 7º Andar
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 30 (trinta)
Entrada: gratuita, mediante inscrição
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 30 de agosto a 6 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- apenas crianças de colo, com até 24 meses incompletos, não necessitam de inscrição, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- caso seja necessário intérprete de libras para acompanhar a atividade, enviar solicitação por e-mail para contato@museudasculturasindigenas.org.br, com pelo menos 72 horas de antecedência;
- no dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer;
- para maior comodidade, aconselhamos chegar com 30 minutos de antecedência do horário da atividade;
- a participação de crianças menores de 12 anos só é permitida se acompanhada de um responsável maior 18 anos de idade;
- para conforto e segurança de todos os participantes, não é permitida a entrada com malas, mochilas, dentre outros tipos de bolsas grandes. Pedimos a gentileza de consultar a disponibilidade e utilizar nosso guarda-volumes, localizado no Térreo/Recepção. Bolsas de amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas.