Ciclo Museus em Diálogo: direitos humanos, memória e sociedade

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Sobre o Evento
As inscrições serão realizadas exclusivamente de 15 a 25 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro). A confirmação para participação será realizada no dia 26 de setembro, mediante envio de aviso para o e-mail cadastrado na inscrição.
No dia de realização da atividade, NÃO serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria.
O ponto de encontro do grupo será às 09h45 em frente ao Museu das Favelas (Largo Páteo do Colégio, 148 - Centro Histórico). A atividade será realizada no formato de caminhada pelo Centro de São Paulo.
Em parceria entre Memorial da Resistência de São Paulo (MRSP), Museu das Favelas e Museu das Culturas Indígenas, a fim de construir vínculos e fortalecer laços, surge o “Ciclo Museus em Diálogo: direitos humanos, memória e sociedade”. A iniciativa pretende debater a relação entre direitos humanos e justiça climática, o agravamento de desigualdades, o racismo ambiental, as “zonas de sacrifício raciais”, bem como a resistência das comunidades indígenas e periféricas frente às opressões impostas e dos mecanismos de justiça ambiental, cruciais para a elaboração de medidas de mitigação. Serão três atividades realizadas nos meses de setembro (MCI), outubro (MRSP) e, em novembro, no Museu das Favelas.
Na primeira atividade deste Ciclo, conduzida por Sônia Ara Mirim e Edney Pankararu, Mestres de Saberes do MCI, e conectada à campanha 19ª Primavera dos Museus, o MCI realiza uma caminhada e conversa em pontos centrais da cidade de São Paulo. O bate-papo abordará os efeitos de um fenômeno conhecido como “ilha de calor”, no qual as temperaturas em áreas densamente construídas são significativamente mais altas devido à poluição, poucas áreas verdes e alta concentração de edifícios, destacando:
- as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas, como a marginalização política e econômica, perda de terras e recursos, violações, deslocamentos forçados e discriminação;
- o papel crucial dos povos indígenas na preservação ambiental, dada sua profunda conexão e conhecimentos sobre a natureza; e
- como a diversidade biocultural (variedade de espécies animais, vegetais, línguas, tradições, conhecimentos e práticas culturais) molda a relação entre as pessoas e seus ambientes.
Sobre a Primavera dos Museus
Evento cultural anual promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que ocorre no início da primavera, em setembro. Este evento foi criado com o objetivo de intensificar a relação entre os museus e a sociedade, promovendo a valorização do patrimônio cultural brasileiro. Durante a Primavera dos Museus, muitas atividades são organizadas por instituições museológicas em todo o país, atraindo um público diversificado e incentivando a participação comunitária.
O tema “Museus e mudanças climáticas” será o mote da temporada de eventos que acontecerá de 22 a 28 de setembro de 2025. Escolhido a partir da escuta junto ao campo, numa consulta prévia realizada com museus participantes, visa promover debates e ações sobre o papel dos museus na conscientização e enfrentamento da crise climática, destacando a importância da preservação do patrimônio cultural e natural em um mundo em transformação.
Sobre Sônia Ara Mirim
De origem Xucuru-Cariri, é moradora da Terra Indígena Guarani Mbya e Guarani Ñandeva do Jaraguá, em São Paulo, ativista em coletivos e movimentos sociais de mulheres e povos indígenas pelo direito à terra. Fez parte dos elencos dos filmes “Avaxi Para’i” (2017), “TAVA: O Caminho da Sabedoria e das Belas Palavras” (2023), “Anhangabaú” (2023) e “Fora do Lugar” (2023) – neste último, além de atuar, compartilhou a direção com Maria Ara Poty. É uma das curadoras das exposições “Hendu Porã’rã, escutar com o corpo” e “Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham” e Mestra de Saberes no Museu das Culturas Indígenas.
Sobre Edney Pankararu
Voz Pankararu ecoando do Real Parque, zona sul de São Paulo. Atuou na área da comunicação e hoje é Mestre de Saberes e Educador no Museu das Culturas Indígenas. Sua atuação é um ato contínuo de resistência e existência: desfaz o mito do indígena confinado ao passado ou à floresta, afirmando raízes profundas no asfalto paulistano. Traz na bagagem o Nordeste ancestral, fertilizando o contexto urbano com tradição e pertencimento.
Sobre o Memorial da Resistência de São Paulo (MRSP)
Inaugurado em 2002 como Memorial da Liberdade, foi relançado em 2008, como Memorial da Resistência, após mobilização do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo. É um museu sobre memórias da ditadura civil-militar brasileira e seus desdobramentos no presente, que acolhe experiências de resistência e de lutas por direitos, valoriza a democracia e promove a educação para a cidadania em diálogo com a sociedade. Localizado na antiga sede do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), uma das polícias políticas mais truculentas do país, entre 1939 e 1983, hoje o espaço é musealizado e aberto gratuitamente ao público na capital paulista, colaborando diariamente para a valorização do direito à memória e da construção de uma cultura de não-repetição. Instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (SCEIC-SP), é gerido pela Associação Pinacoteca Arte e Cultura (APAC) e atua como membro da Coalizão Internacional de Lugares de Consciência.
Sobre o Museu das Favelas
Museu de referência, impacto e transformação social, é um ambiente de pesquisa, com a missão de conectar e garantir a preservação, produção e comunicação das memórias e potências criativas das favelas brasileiras. Projeto do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), foi inaugurado em 2022, no Palácio dos Campos Elíseos; no ano de 2024, reabriu em uma nova sede localizada no centro histórico, no Pateo do Collegio. Equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (SCEIC-SP), gerido pela Organização Social de Cultura Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
Sobre o Museu das Culturas Indígenas (MCI)
Criado com o propósito de articular, pesquisar, fortalecer e comunicar as histórias e memórias de resistência e resiliência indígenas, suas artes e outras produções artísticas, intelectuais e tecnológicas. Se constitui como uma instituição museológica de caráter dialógico, participativo e de expressão de diversas vozes e culturas, onde a memória da ancestralidade permite, aos diversos povos originários, compartilhar suas ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes, memórias e histórias. Inaugurado em 2022, é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (SCEIC-SP), administrada pela Organização Social de Cultura Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), em parceria com o Instituto Maracá, a partir de uma proposta inovadora de gestão compartilhada com protagonismo do Conselho Indígena Aty Mirim.
Data: 27/09/2025, sábado
Ponto de Encontro: em frente ao Museu das Favelas (Largo Páteo do Colégio, 148 - Centro Histórico), às 09h45
Trajeto: Largo Páteo do Colégio ao Vale do Anhangabaú
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 30 (trinta)
Entrada: gratuita, mediante inscrição antecipada
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 15 a 25 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- a confirmação para participação será realizada no dia 26 de setembro, mediante envio de aviso para o e-mail cadastrado na inscrição;
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- apenas crianças de colo, com até 24 meses incompletos, não necessitam de inscrição, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- caso seja necessário intérprete de libras para acompanhar a atividade, enviar solicitação por e-mail para contato@museudasculturasindigenas.org.br, com pelo menos 72 horas de antecedência;
- no dia de realização da atividade, NÃO serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria;
- o ponto de encontro do grupo será às 09h45 em frente ao Museu das Favelas (Largo Páteo do Colégio, 148 - Centro Histórico);
- para maior comodidade, aconselhamos chegar com 30 minutos de antecedência do horário da atividade;
- a atividade será realizada no formato de caminhada pelo Centro de São Paulo (do Largo Páteo do Colégio ao Vale do Anhangabaú);
- a participação de crianças menores de 12 anos só é permitida se acompanhada de um responsável maior 18 anos de idade;
- para segurança de todos os participantes, aconselha-se o uso de calçados e roupas leves e confortáveis;
- em caso de chuva, a atividade será realizada em espaço fechado dentro do Museu das Favelas (a definir).