Galeria Blombô apresenta coletiva “Corpo Vibrátil”

Pela primeira vez a Blombô abre, em 25 de setembro, exposição coletiva com artistas ativos. "Corpo vibrátil" discute o corpo expandido para além da sua dimensão física com obras de cinco artistas, são eles: Ana Blumer, Felipe Diniz Sanguin, Júlia Dugaich, Mari Sperandio e Thiá Sguoti. Nesta mostra, eles abordam o corpo em sua dimensão metafísica, política, espiritual, ancestral e subjetiva. Com parte das obras à venda, vale ressaltar que elas não serão leiloadas e podem ser vistas, gratuitamente, até 9 de outubro.

Cerca de 40 obras marcam o ‘encontro’ entre diferentes linguagens e que, como pontua o curador da mostra Lucas Dilacerda em seu texto curatorial, faz um convite à reflexão acerca do corpo como centro das pesquisas. “A mostra convida o público a refletir sobre o corpo como um campo de disputa. É nele que se inscrevem as marcas do poder e da violência, mas também as estratégias de fuga, reinvenção e desejo.”        

Pinturas, esculturas, cerâmicas e outras técnicas compreendem as criações que, para o diretor dos leilões de arte e leiloeiro oficial da Blombô, Daniel Rebouço, são obras que devem ser contempladas. “Pensamos em organizar uma exposição com um time de artistas geniais e obras igualmente incríveis. Os trabalhos são produzidos com diferentes técnicas, mas estão interligados em suas temáticas, seus valores institucionais e subjetivos.” 

Obras em que a figura humana se expõe em sua vulnerabilidade e potência; onde o corpo é atmosfera ou às vezes se modela em corpos sem fronteiras fixas em híbridos entre cultura e natureza ou quando ‘surgem’ como seres mitológicos e quimeras em que a imaginação é também um ato de resistência, permeiam as criações destes cinco artistas. “Cada obra, à sua maneira, fabrica um corpo vibrátil, um sensor e emissor de forças: corpos que não se limitam à pele, mas se expandem em cor, matéria, gesto, mito e crítica, abrindo passagem para o que ainda não tem forma, pois aqui, o corpo não é só aquilo que se vê, é o que se sente”, finaliza o curador Lucas Dilacerda.