de 1 de outubro à 3 de novembro
terça e quarta das 9:00 às 18:00
às quintas das 9:00 às 20:00
sexta à domingo das 9:00 às 18:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
Acontece hoje
Atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.
A Instalação “TERRA EM TRAMA”, que integra a 14ᵃ Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, teve parte de sua estrutura em sapé construída de forma colaborativa e com foco na partilha de saberes, em uma oficina realizada no Museu das Culturas Indígenas (MCI), em setembro de 2025, sob condução do Estúdio Fronteira e do construtor Guarani Elias Fernandes Cordeiro, com mediação da equipe da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Sobre a TERRA EM TRAMA
Comunidades Indígenas apresentam seus territórios ancestrais em primeira pessoa. Narram situações em que a TERRA é intencionalmente colocada em TRAMA. O barro no entremeado de taquara construindo paredes e definindo espaços; a geografia na urdidura das cartografias constituindo argumentos e delineando divisas; o verbo na tessitura das narrativas engendrando estratégias e traçando rumos. O conjunto de mapas produzidos crítica, coletiva e colaborativamente reúne enredos de Territórios Indígenas e tocam diferentes etnias, perspectivas, biomas e formas de agenciamento vivenciadas no Estado do Paraná e em suas vizinhanças. Em busca de alternativa às experiências de documentação coloniais, que ao longo dos séculos forjaram – e seguem forjando – um universo originário exotizado e anacrônico, TERRA EM TRAMA ensaia a autorrepresentação específica na abordagem de um dos temas cruciais da luta Indígena: Territórios em disputa. São descritos na precisão acadêmica e anotados na precisão ancestral, de forma a constituir auto-retratos cartográficos. Os mapas discorrem sobre a presença e as relações entre Comunidades e seus Territórios implementando procedimentos das tradições oral e material Indígenas de sobreposição de camadas, aproveitamento inventivo e diversidade de expressões. As pranchas anotadas apoiam-se em estrutura expositiva que, de forma similar, toma forma a partir da interação com os saberes tradicionais de construtores indígenas, sendo suporte para a transmissão de conhecimentos diversos pela prática construtiva. Traz em si o argumento de que estruturas expositivas, espaços livres, edifícios, cidades, florestas são fundamentalmente políticos e ferramentas cruciais para adiarmos tantos fins de tantos mundos. Estúdio Fronteira – projeto de extensão universitária coordenado pela arquiteta e professora Marina Oba dentro do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. Tem como objetivo o desenvolvimento de registros e orientações engajados com modos de produção de espaço não hegemônicos. Contempla o desenvolvimento de levantamentos técnicos e diagnósticos de conjuntos arquitetônicos e recortes urbanos e rurais, com ênfase nas apropriações e manifestações humanas, bem como a composição de orientações de manejo e de estruturação territorial. + Retomada Kaingang de Kógunh Jãmã, Parque do Mate (Campo Largo), Retomada Kaingang de Rán Krī Tupē Jamã, Cristo de Purunã (São Luís do Purunã), Aldeia Urbana de Kakané Porã (Curitiba), Retomada Multiétnica Tekoa Ywy Dju, Território Sagrado (Piraquara), Tekoa Kuaray Haxá (Antonina), Tekoa Tupã Nhe’e Kretã (Morretes), Tekoa Kuaray Guatá Porã, Terra Indígena Cerco Grande (Guaraqueçaba), Tekoa Pindoty e Tekoa Takuaty, Terra Indígena Ilha da Cotinga (Paranaguá), Terra Indígena Rio d’Areia (Inácio Martins), + colaborações independentes. Este projeto tem o patrocínio da Copel, por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado do Paraná (PROFICE/SEC-PR).
Sobre Elias Fernandes Cordeiro
Também conhecido como Verá Popygua, tem origem na Aldeia Palmeirinha do Iguaçu, no município de Chopinzinho (PR) e há 12 anos vive na Aldeia Kakané Porã, em Curitiba. É indígena Mbyá-Guarani e professor da aldeia Kakané Porã. Seus ancestrais o ensinaram a manter a cultura e a língua materna, e seus avós ensinaram os segredos da caça e da pesca. Eles também contavam as histórias de seu povo e de como viviam nas florestas, saberes que são passados de geração a geração, mantendo viva a ancestralidade Mbya.
Sobre o Estúdio Fronteira
Projeto de extensão universitária do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (DAU-UFPR) focado em modos de produção de espaço não hegemônicos, que realiza desde 2020 ações relacionadas à construção com saberes tradicionais, incluindo indígenas. A proposta é promover o diálogo com os saberes tradicionais, o que oportuniza ainda uma reflexão sobre o conhecimento acadêmico, especialmente no que ele cede à incorporação de violências.
Sobre a 14ᵃ Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (BIAsp)
Com programação concentrada no Pavilhão da Oca (Parque do Ibirapuera) e seus arredores, o evento traz propostas produzidas no interior de diferentes formas de conhecimento, bem como pelo diálogo, fricção e aprendizado mútuo entre elas, de maneira a propor novos caminhos para enfrentar o aquecimento global e adaptar o habitat humano aos extremos climáticos com que já convivemos. Cinco eixos pautarão projetos, experiências, experimentos e discussões de transformação desse cenário que mirem a produção de cidades mais resistentes e resilientes, pois adaptadas aos extremos do clima e preparadas para retomar a vida após os desastres:
A 14ᵃ BIA tem curadoria de Renato Anelli (Diretor de Cultura do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo – IABsp), Karina de Souza (Coordenadora de Produção do IABsp), Marcos Cereto (Vice Presidente do IAB Nacional – Região Norte), Clevio Rabelo (Arquiteto, Doutor em História da Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo -FAUUSP – e professor de Projeto Arquitetônico na Universidade Federal do Ceará – UFC), Marcella Arruda (Arquiteta, Urbanista e Pesquisadora, Mestre pelo Programa de Pós-graduaçao em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – PROURB-UFRJ) e Jerá Guarani (Líder Indígena e Ativista da etnia Guarani Mbya, da Aldeia Tenondé Porã, em São Paulo), cujas trajetórias abrangem arquitetura, urbanismo, pedagogia, pesquisa acadêmica, ativismo social e produção cultural.
Data: 01/10 a 02/11/2025
Local: Museu das Culturas Indígenas | Pátio
Horário: das 09h às 18h (quintas, até às 20h)
Entrada: gratuita, sem necessidade de inscrição
Classificação: Livre
Informações: (11) 3873-1541
Políticas de entrada
gratuita, sem necessidade de inscrição
MCI - Museu das Culturas Indígenas
de 1 de outubro à 3 de novembro
terça e quarta das 9:00 às 18:00
às quintas das 9:00 às 20:00
sexta à domingo das 9:00 às 18:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita
Acontece hoje
Produtora do Evento