A Cultura Waurá e sua Produção Artística Contemporânea, com Turuza Waura
Sobre o Evento
As inscrições serão realizadas de 25 de outubro a 1 de novembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
No dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer.
A Diáspora Galeria, em parceria com o Museu das Culturas Indígenas (MCI), promove a oportunidade de o público conhecer mais da produção artística do povo Waurá, a partir da presença do artista Turuza Waurá, que virá diretamente do Território Xingu para a cidade de São Paulo.
O evento será a oportunidade de o artista apresentar ao público geral os saberes, as práticas e as simbologias por trás dos objetos que o artista segue criando, como legado ancestral passado de geração a geração e conhecer os membros que apoiaram sua produção artística neste semestre, através do projeto Clube de Colecionadores da galeria.
A atividade será dividida em dois momentos: uma conversa sobre o MCI em uma de suas exposições, apresentando sua proposta e a relevância de sua programação, como um equipamento exemplar para visibilizar as narrativas artísticas e culturais dos distintos povos originários que ali se articulam; seguida de um bate-papo em que o artista Turuza Waurá se debruçará sobre a linguagem e estética específica dos Waurá, técnicas, padronagens, cores e objetos que estão presente no cotidiano de seu povo, e apresentando seu olhar sobre a circulação e pertencimento da produção indígena dentro do contexto do sistema da arte contemporânea.
Após sua fala, o público estará convidado a trazer perguntas, curiosidades e construir junto com o artista novas percepções sobre a produção artística indígena contemporânea.
Sobre Turuza Waura
Nasceu na Aldeia Piyulaga, que significa Lago dos Pescadores, no Território Indígena do Xingu, MT. Aprendeu o domínio do ofício manual com seu pai, Apayupi Waurá, utilizando a madeira como sua principal plasticidade, criando bancos, remos, flechas, arcos e pinturas. Em 2018, teve suas obras em exposição no Museu de Arte Indígena (MAI), em Curitiba (PR). Já participou de diversas edições da SP-Arte. Suas obras participam do acervo da Coleção Bei. “A arte de entalhar integra uma linha de ancestralidade na minha família. Essa é a minha herança que será passada para minhas futuras gerações. Sou feliz por poder trabalhar com aquilo que amo e meu pai me ensinou”.
Sobre o Povo Waurá (Wauja)
Habitantes do Parque Indígena do Xingu, os Wauja são notórios pela singularidade de sua cerâmica, o grafismo de seus cestos, sua arte plumária e máscaras rituais. Além da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos permeiam sua concepção de mundo e são cruciais nas práticas de xamanismo.
Sobre os Povos do Parque Indígena do Xingu
Situado ao norte do Mato Grosso, na divisa com o Pará, o parque ocupa mais de 2 milhões de hectares e foi a primeira Terra Indígena homologada pelo Governo Federal, em 1961. Habitam a região as etnias Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kĩsêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Waurá (Wauja), Yawalapiti e Yudja.
Sobre a Diáspora Galeria
Galeria de arte contemporânea 100% idealizada, construída e gerida por pessoas racializadas: artistas, equipe e parceiros. Nasceu para questionar o mercado artístico tradicional e promover arte que inspira, contar histórias e cria conexões com seus admiradores a partir da riqueza de outras narrativas. Tem o intuito de aproximar o mercado de arte da realidade social brasileira, fomentando protagonismos e pluralidades raciais no circuito formal das artes, seja por meio do agenciamento de artistas racializades, seja na organização de atividades culturais, educativas e de formação de público. Visa construir um espaço de referência e convergência para todes que almejam uma sociedade culturalmente plural. Sua proposta é conectar entusiastas, pesquisadores e colecionadores em rede, com uma abordagem democrática e acolhedora, potencializando o bem-estar do público nas suas relações com o circuito de arte e favorecendo a transformação social no âmbito coletivo e individual.
Sobre o Museu das Culturas Indígenas (MCI)
Criado com o propósito de articular, pesquisar, fortalecer e comunicar as histórias e memórias de resistência e resiliência indígenas, suas artes e outras produções artísticas, intelectuais e tecnológicas. Se constitui como uma instituição museológica de caráter dialógico, participativo e de expressão de diversas vozes e culturas, onde a memória da ancestralidade permite, aos diversos povos originários, compartilhar suas ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes, memórias e histórias. Inaugurado em 2022, é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (SCEIC-SP), administrada pela Organização Social de Cultura Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), em parceria com o Instituto Maracá, a partir de uma proposta inovadora de gestão compartilhada com protagonismo do Conselho Indígena Aty Mirim, que é composto por lideranças de diversos povos indígenas do Estado de São Paulo: Guarani Mbya, Guarani Nhandeva, Kaingang, Krenak, Pankararu, Pataxó, Terena, Tupi-Guarani e Wassu-Cocal.
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 25 de outubro a 1 de novembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- apenas crianças de colo, com até 24 meses incompletos, não necessitam de inscrição, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- caso seja necessário intérprete de libras para acompanhar a atividade, enviar solicitação por e-mail para contato@museudasculturasindigenas.org.br, com pelo menos 72 horas de antecedência;
- no dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer;
- para maior comodidade, aconselhamos chegar com 30 minutos de antecedência do horário da atividade;
- a entrada/participação de crianças menores de 12 anos só é permitida se acompanhada de um responsável maior 18 anos de idade;
- para conforto e segurança de todos os participantes, não é permitida a entrada com malas, mochilas, dentre outros tipos de bolsas grandes. Pedimos a gentileza de consultar a disponibilidade e utilizar nosso guarda-volumes, localizado no Térreo/Recepção. Bolsas de amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas.



