FLAN | Poesia Indigena Contemporânea: rio e sol
Sobre o Evento
Atividade VIRTUAL e gratuita, sem necessidade de inscrição, transmitida no canal do YouTube do MCI.
A poesia indígena contemporânea, Macuxi e Wassu, de autoria feminina usa o verso como uma flecha lançada para desvendar os sentimentos de ser indígena, mulher e poeta. Na poesia macuxi e wassu, a conexão com o rio e a sol cantam os mundos indígenas: humanos e não-humanos. Nesta entrevista, mediada por Trudruá Dorrico, Sony Ferseck (Macuxi) e Ellen Lima (Wassu-Cocal) respondem sobre o processo criativo de uma obra poética.
Sobre Sony Ferseck
Em poesia, Wei Paasi, em Makuxi maimu, pertence ao povo Makuxi. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora. Atualmente, é pós-doutoranda em Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima (PPGL/UFRR), com a pesquisa “Upantonikon uurinkon: somos o que contamos, somos nossas histórias”. Doutora em Estudos de Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Estudos de Literatura da Universidade Federal Fluminense (POSLIT-UFF), orientada pelo Prof. Dr. José Luís Jobim; mestre em Literatura, Artes e Cultura Regional, orientada pelo Prof. Dr. Devair Fiorotti, e graduada em Letras/Inglês pela UFRR. Foi professora substituta no Instituto de Formação Superior Indígena Insikiran da UFRR entre 2020 e 2022. Além de sua pesquisa, ela se dedica às suas próprias produções literárias como “Pouco Verbo” (2013), “Movejo” (2020) e “Weiyamî: mulheres que fazem sol” (2022), obra finalista na categoria Poesia do 65º Prêmio Jabuti. Recebeu o prêmio Arena da Palavra pela promoção das origens indígenas em 2023. Co-fundandora, junto com Devair Fiorotti, da primeira editora independente de Roraima, Wei. Em 2024, participou do circuito de escritores pelo Projeto Arte da Palavra do Sesc viajando pelos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Goiás, realizando palestras e rodas de conversa sobre sua produção literária, em particular sua obra “Weiyamî: mulheres que fazem sol”.
Sobre Ellen Lima Wassu
Poeta, multiartista, peixe de água doce, humana perplexa, jardineira de apartamento e mais bicho que gente. Nascida no Rio de Janeiro, é indígena do povo Wassu Cocal e, atualmente, vive em Portugal, onde faz doutorado em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas, como investigadora bolsista da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pela Universidade do Minho, por onde também é Mestra em Artes. Desenvolve práticas artísticas, realiza cursos, palestras e atua como ativista. Além de integrar revistas literárias e outras coletâneas, publicou em 2021 “ixé ygara voltando pra ’y’kûá” (Urutau), e em 2023 “ybykûatiara um livro de terra” (Urutau). Em 2024 integrou a performance “Biomas na Greenhouse”, no Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza e foi curadora, criadora e performer do projeto “Cartas do Fogo” (2024) com a Rede Terra Batida. Sua prática relaciona arte, poesia, performance, ativismo, crítica, estudos contra coloniais, escritas ensaísticas, bons encontros, banho de rio, escuta e conversa com flores.
Sobre Trudruá Dorrico (mediação)
Nascida Julie Dorrico (Guajará-Mirim – RO), é uma escritora indígena brasileira, do povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e Mestre em Estudos Literários, pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Até 2023, assinou a coluna “Trudruá Dorrico”, do portal ECOA/UOL (iniciada em 2021); em 2022, foi uma das juradas do Prêmio São Paulo de Literatura, realizado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (SCEIC-SP); e, no ano de 2021, foi uma das curadoras da “I Mostra de Literatura Indígena: território de palavras ancestrais”, realizado pelo Museu do Índio, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e da 16ª Balada Literária, idealizada por Marcelino Freire. Atuando para difundir as culturas indígenas brasileiras, engaja o perfil do Instagram: “Leia mulheres indígenas” e é administradora do canal no YouTube “Literatura Indígena Contemporânea”. É autora de “Eu sou Macuxi e outras histórias”, pela Caos e Letras (2019), tendo recebido o Prêmio Tamoios de Textos de Escritores Indígenas, realizado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em parceria com o Instituto Uka – Casa dos Saberes Ancestrais. Também lançou “Tempo de retomada” pela Editora Autêntica (2025), “Makunaima morî mai: palavras belas de Makunaima”, pela Editora Fósforo/Círculo de Poemas (2025). Ainda em 2025, lança “O lago Pri Pri”, voltado para o público infanto-juvenil, pela Companhia das Letrinhas. É co-organizadora da obra “Originárias: uma antologia feminina de literatura indigena”, pela Companhia das Letrinhas (2024), que reúne 12 autoras indígenas. Em 2025, sua obra “Tempo de retomada” foi tema do Boi Caprichoso, no Festival de Parintins. É curadora do Caju de Leitores, festival de literatura indígena que acontece na Aldeia Xandó, Terra Indígena Barra Velha, sul da Bahia.
Observações:
- atividade virtual e gratuita, sem necessidade de inscrição, transmitida no canal do YouTube do MCI.



