de 21 à 22 de novembro
sexta das 11:00 às 12:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita

Atividade PRESENCIAL e gratuita, com entrada por ordem de chegada, a partir de 1 (uma) hora antes do início, até o esgotamento das vagas.
Verenilde tratará de uma breve síntese da forma como um grupo diferenciado (no caso um povo indígena) construiu também pelas vias literárias, suas explicações para o universo. Dentre elas, sobre a origem do mundo (cosmogonia). Tais narrativas – nesse percurso secular, buscam, também na literatura, o recipiente para resgatar e manter as memórias e singularidades de grupos cujas existências diferenciadas, sempre estão ameaçadas pela lógica colonial. Embora o devir desse percurso seja incerto (o que virá?), a longa narrativa comprimida na obra “Um rio sem fim” é um diálogo com o tempo. Com vários tempos.
Sobre Verenilde Pereira
Nasceu no Amazonas em 1956. Filha de mãe negra e pai do povo Sateré Mawé. Cursou Jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e é autora da tese de doutorado intitulada “Violência e Singularidade Jornalística: o “massacre” da Expedição Calleri”, defendida em 2013, na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), sob orientação da professora Dra. Laura Rita Segato. A pesquisa trata da representação midiática realizada pela mídia hegemônica sobre a etnia denominada Waimiri Atroari em um episódio ocorrido em 1968. Como jornalista especializada na questão indígena e ambiental, ela atuou nos jornais A Crítica, A Notícia e Jornal do Comércio, em Manaus, tendo como coberturas relevantes a entrada do garimpo na área de Surucucus em Roraima e no Alto Rio Negro, no Amazonas. Fez também a cobertura sobre a morte de Chico Mendes para o jornal A Província do Pará, em Belém. Escreveu para o Le Monde sobre os Guarani Kayowá. Entre os anos 70 e 80, em Manaus, participou da criação do primeiro jornal voltado exclusivamente para questão indígena chamado Porantim que, em Sateré Mawé, significa “remo mágico”. Como professora, lecionou no Seringal Catipari, no rio Purus, no Amazonas, onde atuou com indígenas da etnia Apurinã, ribeirinhos e seringueiros. Lecionou em faculdades de jornalismo em Brasília e Manaus. Ainda no século passado, participou da criação vários movimentos de resistência indígena e de esclarecimentos contra a destruição ambiental e consequências da construção de hidroelétricas como Balbina. É autora de resenhas e ensaios publicados em livros e revistas, como, dentre outros, o artigo “Outros Escritos”, inserido na obra “Novas Reflexões Indigenistas”, publicado pela Operação Amazônia Nativa; o romance “Um rio sem fim”, que foi reeditado em agosto, pela Alfaguara, selo da Companhia das Letras; e do livro de contos “Não da maneira como aconteceu”, publicado pela Thesaurus Editora. Participou de várias feiras literárias no Brasil e, recentemente, foi convidada como participante da Programação Principal da 23ª Feira Literária de Paraty (Flip). Em outubro, foi convidada para falar sobre sua obra na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
Observações:
Políticas de entrada
gratuita, por ordem de chegada
MCI - Museu das Culturas Indígenas
de 21 à 22 de novembro
sexta das 11:00 às 12:00
R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo - SP, 05002-062, Brasil
Entrada Gratuita

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