Atividade PRESENCIAL e gratuita, sem necessidade de inscrição.
Integrante da grade de programação do 1ª Festival Literário Ayvu Nhevaitim (FLAN) – Encontro de Vozes Indígenas: “Palavras em pele de papel”, com curadoria de Trudruá Dorrico Makuxi, esse é o espaço em que o público terá contato direto com editoras, livrarias, autoras e autores, de forma a acessar e adquirir a produção literária indígena, realizada fora e dentro de territórios e que não se limita a um único gênero ou estilo, em obras que visam resgatar e preservar tradições, promover o diálogo e o entendimento e mostrar a pluralidade de etnias, línguas e costumes.
Durante a Feira Literária, será possível a aquisição de obras com descontos que vão de 10% a 50%.
A seguir, a lista com todos os expositores:
AUTORAS E AUTORES:
Alex KuarayCineasta, ator, futebolista e escritor Guarani Mbya. Originário de Paraty (RJ), hoje, vive na Tekoa Mymba Roka, em Santa Catarina. Sua trajetória entrelaça arte, cultura indígena e esportes, com uma formação em audiovisual adquirida por meio de oficinas da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e da Incubadora de Audiovisual Indígena (RAMA). Sua produção artística e intelectual já o levou a ser um dos palestrantes convidados no I Congresso de Futebol, Literatura e Artes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), promovido pelo Grupo de Estudos Futebol, Literatura e Linguagens da USP. Em 2024, foi selecionado pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), via SPCine, como codiretor do filme “Yakã Porã F.C.”. No teatro, atuou no espetáculo “Arquibancada Porã’i”, vencedor do Edital Cultura Futebol Clube promovido pelo Museu do Futebol (2025). Sua atuação multifacetada reafirma a presença indígena nos campos do cinema, da literatura, das artes cênicas e do futebol, evidenciando a potência cultural e política das narrativas Guarani Mbya no cenário contemporâneo brasileiro. Atualmente, está desenvolvendo um livro em coautoria com João Vasques Rosa, a ser disponibilizado em novembro de 2025.
Ana Lúcia Ortiz MartinsIndígena Guarani Ñandeva, nascida na Terra Indígena de Porto Lindo (Japorã – MS). Graduada em Psicologia, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), atua como psicóloga no Serviço de Bem Estar à Comunidade da UEL. Foi da equipe do projeto de extensão “Tecendo redes formativas para fortalecer a educação das relações étnico-raciais” (2022-2023) e do Projeto Redes Digitais e a Memória de Sábios Indígenas nas Escolas Estaduais Indígenas do Paraná (2023-2024), ambos do Programa Universidade Sem Fronteiras da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Estado do Paraná (SETI-PR). Desenvolveu os projetos de pesquisa “Representação midiática dos Avá Guarani na região de Guaíra: sentidos de marginalidade e sofrimento”, “Ações afirmativas e democratização do ensino superior: estudo sobre a reserva de vagas para pessoas negras na UEL 2012- 2022” e “As trajetórias de acadêmicos e profissionais indígenas da Psicologia egressos das Universidades Estaduais do Paraná”. Membra-fundadora da Articulação dos Estudantes Indígenas (Artein-UEL).
Naynawa Shanenawa + Luana MedeirosNaynawa, é Líder Espiritual (Pajé) e mentor do projeto da aldeia Shane Kaya, fundada com o propósito de fortalecer as práticas ancestrais do povo indígena Shanenawa (Terra Indígena Katukina-Kaxinawá – Feijó, Acre), promovendo ações de salvaguarda de patrimônio material e imaterial, segurança alimentar, feitio e plantio de medicinas. Dotado de conhecimentos ancestrais, como língua, história, agricultura e medicinas tradicionais, tem realizado viagens nacionais e internacionais para apresentar os trabalhos espirituais e culturais da tradição Shanenawa. Participou da Conferência Internacional da UNESCO: promovendo o Humanismo por meio das Tecnologias da Linguagem, no quadro da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), em Paris, França − 2025. Naynawa é pós-graduado em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável e graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas, ambas pela Universidade Federal do Acre (UFAC).Luana é artista, pesquisadora, designer e produtora autônoma, com atuação nacional e internacional em museus e centros culturais. Transitando entre a Amazônia e o Cerrado, trabalha atualmente em projetos de arte e pesquisa sobre as culturas ancestrais dos povos originários indígenas e quilombolas, contribuindo para o desenvolvimento de territórios, preservação ambiental e salvaguarda de patrimônios culturais. Em 2022, através da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), realizou a exposição fotodocumental “Brasil Terra Indígena”, sobre as mobilizações indígenas ocorridas em Brasília entre 2021 e 2022. Luana é mestra em Concepção e Produção de Exposições (Master Muséographie-Expographie), pela Université d’Artois; e graduada em Design, pela Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Esdi/UERJ).
EDITORAS:
AtmaPublica obras expressivas do pensamento amazônico em diversos segmentos reflexivos: estudos sobre educação, economia, história, antropologia, temas indígenas, cultura e sociedade, além de dissertações e teses acadêmicas, didáticas e de interesse geral. Dispõe, também, de um amplo catálogo de livros para crianças e jovens, ambientados no imaginário amazônico.
Biruta / GaivotaTem seu foco na literatura infantil e juvenil. A proposta da Editora Biruta é a de oferecer aos seus leitores o melhor texto, ilustrações criativas e projetos gráficos instigantes, por meio de temas que lhes acrescentem novas vivências e se abram a múltiplas interpretações – sempre de maneira lúdica e inventiva. Seus livros já receberam diversos prêmios, como o Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), Jabuti, Prêmio da Biblioteca Nacional e Revista Crescer, além de terem sido inseridos em catálogos internacionais e selecionados em programas públicos de educação. A Editora Gaivota é seu selo editorial.
Companhia das LetrasFundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz, surgiu com foco original em literatura e ciências humanas. Sempre atenta à qualidade do texto, das traduções, do projeto gráfico e do acabamento em todas as etapas do processo de edição, em seu primeiro ano de vida a editora já contava com 54 livros publicados. Com o compromisso de publicar livros que contribuam para um país (e um mundo) melhor e mais justo, hoje o Grupo Companhia das Letras possui 21 selos dedicados aos mais variados segmentos. São mais de 8.500 títulos ativos em seu catálogo, e em média são lançados 400 títulos ao ano. Essa vasta gama de selos independentes permite à Companhia das Letras uma expressiva presença no mercado editorial brasileiro, além da capacidade de atender as necessidades de promoção e comunicação de cada nicho de maneira focada para manter um relacionamento próximo com seus autores e parceiros.
FTD EducaçãoSua história começa em 1902, com os Irmãos Maristas; o nome é uma homenagem a Frère Théophane Durand, que foi Superior Geral da Congregação Marista entre 1883 e 1907. Com mais de 120 anos de trabalho, a FTD Educação entende que sua atuação ultrapassa a produção de livros e enxerga o ato de educar como algo que inspira descoberta, escolha, liberdade e cidadania. A editora tem obras e parcerias relacionadas aos povos indígenas e também utiliza temáticas e saberes indígenas em materiais didáticos.
HedraFundada em 1998, se destaca como uma editora engajada na publicação de clássicos por considerá-los atuais e relevantes. Com duas décadas de atuação, a editora mantém seu ímpeto provocativo ao apresentar livros que documentam, investigam e elucidam temas fundamentais para o pensamento progressista e libertário contemporâneo. A Hedra se compromete em oferecer obras que dialogam com questões atuais, estimulando reflexões críticas e debates acerca de diversas esferas da sociedade. Por meio de sua produção editorial diversificada e cuidadosa seleção de títulos, contribui para a difusão do conhecimento, da cultura e do pensamento crítico. Com um olhar atento às transformações sociais e políticas, desempenha um papel relevante na divulgação de obras que incitam reflexões sobre a sociedade e o indivíduo, tornando-se uma voz significativa no cenário editorial brasileiro. Para essa Feira do FLAN, traz uma de suas principais coleções: “Mundo Indígena” – dividida entre narrativas bilíngues e etnografias, reúne cosmologias, histórias e reflexões tradicionais de povos indígenas nas palavras de seus próprios pensadores, além de coletâneas e trabalhos acadêmicos de grandes estudiosos da questão indígena no Brasil.
IkorêEspaço de encontros e aprendizado, editora e produtora cultural com a proposta de proteger, pesquisar, criar, valorizar e difundir artes e conhecimentos para um mundo mais belo e harmonioso, mais justo e diverso. Tem por missão estabelecer diálogos e intercâmbios culturais; dar voz às comunidades indígenas e tradicionais; realizar projetos e produtos que fortaleçam as identidades e os direitos; valorizem os territórios, o patrimônio material e imaterial; promovam parcerias e novos caminhos para os povos tradicionais, aliando inovação, apuro estético, qualidade técnica e conteúdo.
Letra da CidadeSelo editorial dos institutos Acaia e Çarê, duas organizações sem fins lucrativos sediadas em São Paulo e voltadas a promover a valorização e o acesso à educação e à cultura. Os livros produzidos pelo selo cobrem as diversas áreas de interesse dos dois institutos, como educação, cultura jovem periférica, música e artes visuais.
PaulinasConhecida por sua vasta produção de livros de cunho religioso, espiritual e educativo, tem expandido de forma significativa sua linha editorial para incluir a riqueza e a diversidade da literatura indígena. Essa iniciativa reflete um compromisso cada vez maior com a valorização e o respeito às culturas originárias, dando voz e visibilidade a autores e narrativas que são fundamentais para a história e a identidade do Brasil.
ValerSediada há mais de 30 anos na cidade de Manaus, conta com um acervo composto por mais de 2 mil títulos. São obras que versam sobre a literatura universal e brasileira, com destaque para a produção literária do Amazonas – poesia, romances, contos, artes, teatro e ensaios. Seu catálogo é constituído de edições e reedições de obras clássicas e textos referenciais em diversos gêneros. Oportunizamos também a publicação de autores contemporâneos brasileiros ou estrangeiros. A Valer publica obras expressivas do pensamento amazônico em diversos segmentos reflexivos: estudos sobre educação, economia, história, antropologia, temas indígenas, cultura e sociedade, além de dissertações e teses acadêmicas, didáticas e de interesse geral. Dispõe, também, de um amplo catálogo de livros para crianças e jovens, ambientados no imaginário amazônico.
LIVRARIAS:
Movimento LiterárioAbarca variados projetos relacionados as temáticas de livros, literatura, infância e formação de leitores, possuindo um criterioso catálogo de livros com a missão de a ampliar as reflexões e reafirmar sua posição como promotora de leitura nas escolas.
Pé de LivroInaugurada em 2021, é especializada em literatura para crianças e jovens. A literatura produzida por autores indígenas têm destaque especial em seu acervo e nas atividades que desenvolvem. Neste ano, a Pé de Livro foi parceira do autor Cristino Wapichana no projeto “Encontros Literários para as Infâncias com Cristino Wapichana”, viabilizado pelo ProAC 2024 e o Fomento CULTSP, realizando contação de histórias com a professora indígena Wapichana Claudete Santos e lançamento do livro “Masuwik, memórias indígenas”, de Cristino Wapichana, e recebendo crianças Guarani, em encontro com Márcia Kambeba. A livraria participou do júri da Revista Crescer, que anualmente seleciona os 30 melhores livros lançados no país.
As livrarias parceiras fizeram uma curadoria para expor livros de editoras que não estarão com estandes como: Estação das Letras, PeraBook, LeYa, Peirópolis, Global, Boitempo, Autêntica, Callis, entre outras.