Dois retratos musicais essenciais do Brasil, com entrada franca

A Banda Sinfônica do Projeto Guri de São Paulo, regida por Cláudia Oliveira, faz uma viagem musical pela “alma da Amazônia” em apresentação gratuita às 15 horas do dia 25 de outubro na Biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude, um lugar emblemático da paisagem paulistana, que originalmente foi o Carandiru de triste memória. Hoje, árvores e uma biblioteca dão o tom neste passeio por ritmos e danças como o carimbó e canções clássicas como ‘Foi Boto, Sinhá”, de Waldemar Henrique, compositor paraense, que dá as boas-vindas à COP-30 – conferência mundial sobre o clima, que se realiza em novembro em Belém. E se quiser mergulhar ainda mais fundo na cultura brasileira, estique seu sábado cultural assistindo, também de graça, no mesmo dia 25, ao "Um efeito de cor", às 19 horas, no Instituto Brincante, criado por Antonio Nóbrega na Vila Madalena. Treze músicos criam música inclusiva, que navega entre a música de câmara e os ritmos africanos e afro-brasileiros. Sons que contam histórias, emoções que atravessam o tempo, porque o espetáculo nasceu inspirado num dos livros-chaves do nosso tempo, “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves, que foi tema do samba-enredo no Carnaval carioca de 2024. O título remete a uma lei racista do século 19 que impedia negros de ocupar cargos importantes e que levou a autora a contar vida de Kehinde, africana escravizada, detalhando a escravidão, a violência e a resistência da diáspora africana no Brasil. Baseado em fatos históricos sobre a mãe do abolicionista Luís Gama, Luisa Mahin, e outras figuras, é uma "história real romanceada" que dá voz às mulheres negras e à sua importância histórica.

Dois retratos musicais essenciais do Brasil, com entrada franca

Concerto da Banda Sinfônica do GURI de São Paulo

Concerto musical "Um efeito de cor"